Justiça impede mãe de levar filha à igreja após exigência do pai nos EUA
- Terca-Feira, 18 Novembro 2025
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Uma decisão judicial no estado do Maine, nos EUA, está gerando forte polêmica por impor restrições rigorosas à liberdade religiosa de uma família.A mãe, Emily Bickford, está proibida de levar sua filha prestes a completar 13 anos em janeiro próximo, à igreja, bem como de permitir que ela leia a Bíblia ou tenha contato com literatura cristã.Emily, que tem a guarda principal de Ava, vinha frequentando a igreja evangélica Calvary Chapel Portland, em Portland-ME, com sua filha há cerca de 3 anos.O pai da menina, Matt Bradeen, que detém direito de visita, levou o caso ao tribunal, onde um juiz – anteriormente presidente da American Civil Liberties Union (ACLU) – aprovou uma ordem de custódia que contém cláusulas consideradas extremamente hostis à fé cristã da mãe e da filha.Restrições judiciaisEntre as determinações impostas pela decisão judicial, Ava está proibida de frequentar qualquer igreja ou evento cristão sem a aprovação expressa do pai.A ordem também impede que ela mantenha contato com amigos da igreja ou com qualquer membro da Calvary Chapel, comunidade que frequentava havia cerca de três anos.A menina não pode participar de nenhuma celebração ou ocasião cristã – como cultos de Natal e Páscoa, casamentos, funerais ou qualquer atividade voluntária vinculada à igreja, sob risco de violar a ordem de custódia.A restrição se estende ainda à leitura da Bíblia ou de qualquer outro material de conteúdo religioso, além de conversas sobre fé com a própria mãe.Violações à liberdade religiosaSegundo a Liberty Counsel, o rigor da decisão chegou a ponto de o juiz recusar-se a grafar “Deus” com letra maiúscula no documento oficial e de repreender Emily por permitir que o pastor da igreja orasse pela filha.A organização, que representa Emily e Ava, apresentou na última quinta-feira, argumentos orais perante a Suprema Corte do Maine para reverter a decisão, que segundo eles viola a liberdade de religião e discrimina justamente por causa da fé cristã da mãe.O fundador da Liberty Counsel, Mat Staver, declarou que se trata de “a ordem de custódia mais hostil ao Cristianismo que já vi”.Ele alerta que o caso pode definir precedentes importantes para os direitos dos pais e a liberdade religiosa nos EUA.











